Você criou uma campanha, ajustou o orçamento, escolheu o público e… nada. Nenhuma impressão, poucos cliques, zero conversão. Se parece que os anúncios da Meta pararam de entregar, isso pode não ser um erro seu, mas sim resultado das mudanças recentes no sistema.
Desde a chegada da atualização Meta Andromeda, o algoritmo de anúncios do Facebook e Instagram passou a operar de maneira diferente. Logo, entender essas mudanças é o primeiro passo para recuperar a performance.
O algoritmo dos anúncios da Meta mudou (de verdade)
Antes da atualização, o sistema priorizava segmentações manuais. Bastava escolher idade, gênero, interesses e localização para o anúncio alcançar um público específico. Agora, o Meta Andromeda utiliza um mecanismo de aprendizado que identifica automaticamente quais pessoas têm maior probabilidade de converter.
Dessa forma, a mudança fez o foco sair do “quem você segmenta” e ir para “como você se comunica”. Em outras palavras, o algoritmo agora valoriza mais a qualidade criativa, o contexto e o aprendizado de dados do que as segmentações tradicionais.
Por isso, campanhas muito fragmentadas ou com públicos estreitos perderam relevância. O sistema precisa de espaço e dados para aprender. Quando o aprendizado não acontece, a entrega simplesmente trava.
Campanhas hiper segmentadas deixaram de performar
Durante anos, a estratégia padrão era criar vários conjuntos de anúncios com microsegmentações: “mulheres 25-34”, “homens 35-44”, “interessados em marketing”, “seguidores de concorrentes”. Esse método funcionava bem porque o sistema dependia dessas instruções.
Mas agora, o Andromeda performa melhor em estruturas simplificadas, com públicos amplos e criativos variados. Ele prefere públicos amplos, combinados a criativos diferentes, para testar combinações automaticamente. Logo, quando o anunciante mantém dezenas de públicos pequenos, o algoritmo não acumula dados suficientes para aprender. Assim, a campanha fica em “modo de aprendizado limitado” e a Meta reduz a entrega para preservar orçamento.
Portanto, o excesso de segmentação virou inimigo da performance.
Falta de diversidade criativa trava o aprendizado
O Andromeda não quer só anúncios, quer variedade de estímulos. Ele precisa comparar formatos, mensagens e estilos diferentes para entender o que funciona. Quando todas as peças têm a mesma arte e o mesmo texto, o sistema não encontra diferença suficiente para otimizar.
Por isso, campanhas com apenas uma imagem ou pequenas variações estéticas tendem a parar de entregar. A solução é simples, mas exige mudança de mentalidade: criar vários criativos distintos dentro da mesma campanha: vídeos curtos, carrosséis, reels, imagens estáticas, testes de linguagem.
Quanto mais variedade o sistema tiver, mais rápido ele aprende e volta a entregar resultados.
Sinais de conversão estão inconsistentes
Outro motivo frequente é a falta de dados confiáveis. O pixel da Meta, o CAPI (Conversion API) e os eventos de conversão precisam enviar informações limpas e constantes. Quando esses sinais falham, por erros no site, cookies bloqueados, ou eventos duplicados, o algoritmo perde a capacidade de medir o que é sucesso. E sem medir sucesso, ele não sabe o que priorizar.
Portanto, verifique se o pixel dispara corretamente, se o CAPI está configurado e se os eventos principais (como compra, lead ou cadastro) estão sendo capturados. Essa revisão técnica faz toda diferença na entrega.
Orçamento e limite de aprendizado
Mesmo com tudo certo, orçamentos muito baixos podem impedir a entrega. O Andromeda precisa de volume mínimo de impressões e eventos para identificar padrões de sucesso. Se o investimento for pequeno demais, ele não consegue aprender e entra em um ciclo de baixo alcance.
Além disso, alterações constantes de orçamento, público ou criativos reiniciam o aprendizado e reduzem o desempenho. Por isso, é importante manter as campanhas estáveis por pelo menos alguns dias antes de julgar resultados.
Criatividade e dados agora andam juntos
O novo cenário da Meta exige um equilíbrio entre arte e ciência. Logo, a criatividade define o impacto e os dados sustentam o aprendizado. Nenhum dos dois funciona sozinho.
Isso significa que as equipes de mídia e conteúdo precisam trabalhar juntas. A performance depende tanto de ideias novas quanto de análises precisas. Dessa forma, quem continuar tratando criação e otimização como etapas separadas vai sentir a queda na entrega cada vez mais forte.
Como resolver a queda de entrega dos anúncios da Meta
Para retomar o desempenho, siga este checklist prático:
- Ampliar o público: use segmentações abertas e deixe o algoritmo encontrar o público ideal.
- Diversificar criativos: teste variações reais de formato, mensagem e design.
- Verificar rastreamento: garanta que o pixel e o CAPI estejam ativos e enviando dados limpos.
- Reduzir conjuntos de anúncios: consolide campanhas para aumentar o volume de aprendizado.
- Evitar alterações constantes: mantenha estabilidade para permitir que o sistema aprenda.
Assim, essas ações não apenas reativam a entrega, mas também ajudam o algoritmo a entender o valor da sua campanha a longo prazo. Portanto, dê tempo para o aprendizado ocorrer. A Meta recomenda aguardar de 3 a 7 dias antes de fazer ajustes.
Conclusão: a nova era dos anúncios da Meta pede volume e consistência
Por fim, os anúncios da Meta não pararam de entregar por acaso, eles apenas deixaram de funcionar no modelo antigo. Logo, o Andromeda representa uma mudança estrutural na forma como o Facebook e o Instagram distribuem mídia. Agora, quem alimenta o sistema com dados limpos, variedade criativa e estrutura simplificada colhe os melhores resultados.
Por isso, o caminho não é lutar contra o algoritmo, mas aprender a trabalhar com ele. Quanto antes você ajustar sua estratégia, mais rápido seus anúncios voltam a aparecer e a performar melhor do que antes. Quer melhorar a performance das suas campanhas? Então, fale conosco e descubra como otimizar seus anúncios da Meta.